Hello, vizinhos.
Hoje trago um daqueles temas chatos mas que nós adoramos descomplicar: cuidado pessoal e o seu impacto ambiental.
Pois é, sabiam que os produtos de higiene são os que maiores números alcançam no que toca ao descarte doméstico? Desde disco desmaquilhantes, a garrafas de shampoo, produtos de higiene feminina, lâminas descartáveis, escovas de dentes… enfiam poderia continuar por mais uns quantos parágrafos. Mas vamos ao que interessa...
Se por um lado é na casa de banho que encontramos o maior desperdício, também é na casa de banho que fica super fácil mudar as coisas.
Mas por onde começar, perguntam vocês aqui à Esperança.
Discos Desmaquilhantes
Eu, pessoalmente, foi por este produto que comecei. Primeiro porque os achava sem graça, com uma embalagem aborrecida e nunca sabia onde os guardar. Segundo porque a minha avó, que ainda tem umas mãos de fada para a costura, ofereceu-se para me fazer uns discos desmaquilhantes de uma antiga camisola e pasmem-se: adoro-os. Levo-os para todo o lado, viagens, casas de amigos, no carro para uma viagem mais longa e servem para tudo. Para além que são super fáceis de lavar e sacam num instante.
Para quem tem o dom da costura, olhem que são uma boa prenda de Natal para as amigas. E para quem não tem, podem sempre namorar estes discos maravilhosos do Mercado Orgânico.
Escovas de Dentes
Depois foram as escovas de dentes. Estava farta de ter sempre escovas aborrecidas e que precisassem de reposição em tão pouco tempo o que gera imenso plástico descartado. Foi então que uma amiga me ofereceu as nossas primeiras escovas de bamboo. Na altura mal se falava nisso, mas ela lembrou-se logo de mim quando as viu. E eu, claro está, delirei.
Hoje em dia não vivo sem elas e quando preciso de as renovar, só apenas a cabeça é descartada, o cabo há sempre um par de plantas em casa da minha mãe a precisar de apoio. E agora ela até me pergunta se não lhe posso trazer mais escovas do Mercado que as dela já estão a precisar de mudar.
Giletes
E se acham que acabava por aqui estão enganadíssimas. O marido começou a utilizar uma gilete incrível, em que só troca a lâmina e com zero plástico. Aqui há dias confessou-me que sempre que fazia a barba em casa, era como se tivesse vindo do barbeiro.
Ainda não temos pelo mercado, mas gostavam de ver lá? Que marcas recomendam?
Cuidado Capilar
O mais difícil foi de facto os shampoos e condicionadores sólidos. E aqui não vos vou mentir: encontrar o nosso shampoo sólido existe paciência e adaptação, nem todos os cabelos se vão adaptar logo e nem todos os cabelos vão gostar do primeiro shampoo que experimentarem. Dá quase vontade de desistir, mas depois olho para o contentor da reciclagem do plástico e está cada vez mais leve… então vamos lá experimentar mais um. Ah, a pessoa mais fácil de convencer foi o meu marido que ainda hoje acha que shampoos e sabonetes são todos iguais.
A nossa secção de shampoos é incrível e se precisarem de ajuda a escolher podem sempre mandar mensagem no nosso grupo de whatsapp, há sempre um vizinho que sabe o que dizer.
Produtos Menstruais
E a última fase, foi convencer as mais novas a experimentarem produtos menstruais diferentes. Entre os pensos reutilizáveis, as cuecas menstruais ou o copo menstrual, a mais velha escolheu o último e diz que lhe dá uma liberdade durante o dia como nunca antes, e a mais nova optou pelas cuecas menstruais, diz ela que são a coisa mais simples do mundo e adora os padrões divertidos da mesma. Mas atenção, mais difícil que mudar o mundo é convencer um adolescente a experimentar coisas novas escolhidas pelos pais. Se conseguirem a missão sem um "ai mãe que chata", por favor ensinem-me.
Os próximos passos já estão anotados: maquilhagem, skincare e desodorizantes. Vamos ver como corre, mas estejam atentos que vou partilhar tu-do por aqui.
Afinal esta coisa da sustentabilidade não é algo mega aborrecido, só precisamos de ser criativos.
Acho que nem preciso de falar de fechar a água enquanto lavamos os dentes, ou recolher a água do banho enquanto aquece porque se eu não fizesse isso desde que decidi mudar de vida, nem me chamaria Esperança.
Até à próxima,
Esperança.
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